POEMA 2: A ALUCINAÇÃO
De uma floresta simbólica,
Privando-me de uma dor,
Cuja realidade não quer mentir.
Que esta seja a felicidade que espero,
E nela concentro-me para não cair,
Nas garras da desordem e solidão,
Pelo qual, pus-me a seguir.
Lá estou eu...vagueando sem sentido,
Buscando no fundo do esgotamento,
A clemência de alguém que seja,
A visão de um anjo amigo.
Tenho plena certeza,
De ser um espectro,
Mas morto em estado decadente,
Do que um homem vivo.
Ah, quantos ecos nas catedrais?
Quantas violetas nas janelas?
Quantos perfumes aromatizei-me?
E em nenhuma dessas perguntas,
As respostas foram como pensei!
Quão sonhável é a tua aparência,
Dentro de uma casca que te mantém.
Entretanto, nem uma conversa,
Tens como no tempo do além.
Além das fronteiras,
Ou das arvores frutíferas,
Da alucinação minha,
Aos pedaços de mim,
Que acabo deixando no chão.
O escuro que envolve-me,
É o sentimento de que existir,
Marcado com um selo,
A prender-me de vez na prisão.
Clausura invisível,
Onde não posso escapar!
E dia após dia sem fim,
Os cães do inferno me devorar.
Se tens tal piedade,
Liberte-me, ó Ceifeiro!
Eu e minha vontade dividida,
Podemos nos esconder,
Fora dos teus domínios.
Assim, eu e o poema, serviremos a ela,
Levando-a a cidadela, por meio dos elfos e dos campeiros.
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