Mulder: Dana. Depois de tudo o que você viu, depois de todas as evidências, porque você não consegue acreditar?
Scully: Eu tenho medo. Medo de acreditar.
Mulder: Você não consegue encarar este medo? Mesmo se isso significar que você nunca vai saber o que o seu pai queria lhe dizer?
Scully: Mas eu sei.
Mulder: Como?
Scully: Ele era meu pai.
Essa fala final de Scully conversando com Mulder, no quarto de hospital, após ele ter sido baleado, mostra o que este episódio vem nos proporcionar:
1) Todos somos frágeis e Scully não é diferente;
2) Como a fé e o ceticismo são algo em que todos nós, sempre acabamos por canalizar em nossas vidas.
Nota-se que a nossa ruiva tem uma relação muito intensa com seu pai, e como a sua morte a afeta, que ela o projeta, após adormecer no seu sofá, e quando despertar-se, ela o vê balbuciando (ele rezava o Pai-Nosso). Falar de espiritualidade para Mulder, é complicado, uma vez que ele acredita em abduções, mas nas questões de cunho tão religioso, e (sabemos que a nossa agente é católica) não é nada fácil, assim, pela primeira vez, as coisas se inverte: Mulder passa a estar cético, enquanto Scully se abre para este universo. Tanto que Boggs a influencia, envolvendo-a numa teia, ao conversar com ela, dizendo poder contactar seu pai.
Nossa! E como isso a deixa tão descompassada. E Mulder? Caramba! É incrível perceber o quanto um representa para o outro. Parece que eu estou vendo Mark Martinez e Sharon Garcia no meu livro: Mark Martinez - Consultor Criminal (que não vem o caso agora, posto que só saiu a temporada 1, e olha que já estou escrevendo a temporada 4), mas no que é importante aos nossos agentes do FBI, e bem sabemos, eles morreriam um pelo outro. Mulder fica preocupado com ela, tanto que no escritório, antes dele embarcar para ver Boggs na prisão, Scully diz que irá com ele, e o gesto mais terno, mostra que ele importa-se com ela, e com seu bem-estar, pedido para que ela fosse descansar.
E quando o tal vidente fala com Scully, ela sai atordoada, passando por Mulder. E ele pergunta se Boggs havia falava algo para ela, e a diz para voltar ao hotel. Algo a ser considerado:
1) Scully chama o pai de Ahab, enquanto é chamado por seu pai de Starbuck (referências ao livro 'Moby Dick', de Melville): E isso ficamos sabendo na temporada 3, no episódio O Mostro do Lago;
2) Como ela fica linda de presilha preta, a qual usou no jantar com seus pais, em seu apartamento.
Observação: Ela poderia te-lo utilizado de vez em quando, não é?
É sempre notável de se ver os dois. E nossa ruiva chega para Boggs dizendo que se Mulder morre-se por conta do que ele fez, daqui a 4 dias, ela mesma apertaria o botão e o mandaria para o inferno. Eita! Ela não é mole não.
Curiosidades:
a) É a primeira vez que Mulder é baleado;
b) Muito fofo vê-lo a chamar de Dana três vezes no mesmo episódio;
c) Na convenção anual Wondercon/2008, quando o criador e produtor executivo da série, Chris Carter falava que esse episódio era o seu favorido, por motivos claros. É foi aí que Gillian Anderson o interrompeu, dizendo que este episódio a salvou de ser demitida, uma vez que os produtores queriam uma outra atriz, mas sensual para o papel de Dana Scully, entretanto, CC lutou com toda garra por Gillian , e eu acrescentaria: ao CC, o nosso muito obrigado!
d) Para contratar Brad Dourif que interpretou Luther Lee Boggs, Morgan e Wong lutaram muito, e apesar dos altos custos do contrato, Chris Carter ligou para o presidente da 20th Century Fox, e durante um jantar de Ação de Graças, o convenceu a contrata-lo.
E aí? Vamos ver Arquivo X? A Verdade Está Lá Fora! Toda sexta-feira na Rede Brasil a partir das 21:00. Link: https://www.rbtv.com.br/
Kommentare