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Foto do escritorRicardo Oliveira

A Israelense - Poema 14

Resumo Narrativo do Poema: Tel Aviv era um mundo novo para Renan. E já estando em Jerusalém, diante do muro das lamentações, então, ele a Javé, orou, pedindo que encontrasse a sua moça judia, que então, sem medo, se casaria. Na sua história, o escritor abandonou a fé cristã, e brigas com a família, o fez cortar os laços, não indo nem no funeral da mãe. Nisso, Nathalia liga, querendo explicação, por educação, o celular atende, mas amá-la, não quis mais não. Desconectou-se, e pensou em Tamara, e logo, ao hotel, voltou. Já na Beira-Mar Norte, a jovem do Mossad, diante dos prédios, ficou. Agitou-se, e seus pés saíram do chão. Ao adentrar no imóvel, o coração quase para, e seu nariz sangra.


RESUMO NARRATIVO: Tamara (palmeira) Amiel (Deus é meu povo) é uma israelense do Mossad, o Serviço Secreto de Israel. Ela tem tido em constância uma quimera com um homem que não conhece. Numa missão no Brasil, na cidade de Florianópolis, ela vai tentar encontrá-lo. Contudo, o escritor Renan Oliveira, também não conseguiu dormir à noite, tendo devaneios com uma israelita. Assim, ele deixa tudo para ir a Tel Aviv, Israel, atrás de uma mulher de cabelos longos, negros e portadora de olhos azuis. Será que eles irão se encontrar?

 

POEMA 14: VOCÊ EM TODAS AS PALAVRAS

Fonte: https://pixabay.com/

Tel Aviv, Israel, o mundo tão religioso,

Com seus costumes e suas tradições,

Era para o escritor, sonhos de obter,

Para si, algo tão inesperado e novo,

Quanto a mulher que sempre quis.


Já estando em Jerusalém,

Que está num planalto nas montanhas,

As da judeia, entre o mediterrâneo e mar morto,

Trazendo sobre seus aspectos, aquilo que é antigo,

E por vez, um lugar sagrado e sacrossanto.


Diante do muro das lamentações,

Renan Oliveira veio a estar e,

Ao pôr a mão direita nela,

Começou a orar.


Sua repentina saída do catolicismo,

O fez sentir que não fazia parte daquele universo,

Como dos ritos que ela bem trazia.

E a briga com sua família, o afastou depressa,

Desejando nunca mais voltar a ter contato,

Nem mesmo no funeral de sua mãe,

A quem sempre teve estima.


-Não sei se me ouves, ou já não estás mas em mim,

Sei que não sou seu filho preferido, nem perfeito por desistir,

De um caminho que eu traçava, mas que tive que partir,

Conceda-me, ó Javé, que eu a encontre a tempo,

E com a moça judia, me case sem medo.


Dito isso, deu dois passos para trás,

De repente, o celular vibra, e o atende,

E ver que é Nathalia, a quem ele não queria,

Mas que cedeu - pela boa educação que tinha.


-O que queres agora, isso não pode esperar? - Irritou-se com ela.

-Que tanto fazes aí, que nem para mim, quer mais dialogar? - Erguera a voz.

-Não tenho que dar-lhe satisfação, se não temos nada em comum,

Já esqueceu-se que nos separamos, e os motivos por não amar-te, enfim?


Imediatamente, desconectou-se. Entretanto sabia,

Que sua ex, um jeito daria, para resgatá-lo,

De sua própria insanidade, e daquilo que nele, mais se escondia.


Com a cabeça em Tamara, pensou:

“Você em todas as as palavras”!

Então regressou para onde se hospedara,

Com a face, não tanto imaculada,

Mas com forças para prosseguir.

***

Olhando para os prédios da Beira-Mar Norte,

A israelense deparava-se com sua mente em explosão.

Agitava-se constantemente, e ansiosa, seus pés saiam do chão.

Com o endereço certo, tomou fôlego, e se encaminhou…

Ao adentrar no imóvel, na Avenida Jornalista Rubens de Arruda,

Seu coração quase parou, e seu nariz, então, sangrou.

 

PRÓXIMO POEMA: A MORTE DO ASSASSINO




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