RICARDO OLIVEIRA - 25/03/2023.
Com toda força que há em mim,
Não pude esconder-me de ti,
E entre o espelho e sua pele,
Desejei os mistérios de tua face,
Sem ao menos conseguir te entender.
E dia após dia vou me consumindo,
Ainda que esteja tão longe de ter um “fim”,
Este meu ser que somente vive,
Revelando-me totalmente por si.
Será que encontraste-me,
Quando eu a muito perdia-me,
Ou porventura, se descuidasse,
E acabei jogando-me nessa loucura?
E nessa noite embriagante,
Meu delírio não me deixa dormir.
Sou imperfeito, mas sou homem,
E só quero apenas ser feliz.
Pois é nesse “pedacinho de ilusão”,
Que manifesta tudo o que eu não posso ter!
O meu próprio desejo incontrolável,
De amar, sem ter que me ferir.
Sim, existem respostas sem sentido,
Que muitas vezes se extraviam.
E como até a lua quer trazer-te aqui,
Perdão, mas é que eu não tentar fingir.
E morro entre tantas penumbras,
Somente com o meu vazio inconsciente,
Mas, bem sei que vou ver-te assim:
Não deitada numa cama qualquer,
Só naquela a trazer um inventor de emoções,
Que por vez, quer estar a sentir,
O cheiro que indubitavelmente,
Estarás a deixar nos lençóis.
Poema n.2.946/ n.15 de 2023.
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