RICARDO OLIVEIRA - 12/08/2023.
Sempre que um outro te tocar,
Talvez queiras se entregar,
Entretanto, não me esquecerás,
Quando a noite, deitada estarás.
E esse mistério envolvente,
Que traz em teus olhos complacentes,
A substância imortal dos meus desacertos,
Onde o coração acaba por si, se perdendo.
Escute as minhas lágrimas, anjo!
Que poderá ser a última vez.
E a minha voz embargada,
Misturada com aquela lucidez.
Ando pelas ruas a te procurar,
Onde é que você estará?
Que oferece-me teu prazer,
Mas que não sei merecer,
Dispensando-me de sentir teu corpo.
E as verdades de todos os amantes,
No qual, categoricamente me tiras a imortalidade,
Deixando-me tão perto da tal vulnerabilidade,
Parecendo ser até um certo sacrilégio.
Saibas que “por tu amor regresaras”,
Quando Anúbis guiar-me pelos sombrios vales,
Impedindo de qualquer forma, que para teu rosto,
Eu veja aquilo que realmente está exposto,
No tempo inapropriado, em que,
Indevidamente me negares!
Por ti, movo montanhas, afasto os mares,
Morro mil luas sem ao menos vir a pensar.
E apodero de todo o mal que quer te ameaçar,
Somente para que um dia a mais,
Tenha o mérito de teus lábios beijar.
Poema n.2.982/ n.51 de 2023.
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