top of page

N’OUTRO AMOR

Ricardo Oliveira - 20/06/2022.

Procurar-te onde não estejas,

É como fingir que não sou,

Parte de tudo o que és,

Enquanto vejo-te nos meus passos,

Deparando-me inteiramente com a solidão,

A qual até a mim, chegou!


N’outro amor vem a ser impossível,

Aceitar que eu nada tenho a perder,

Nem mesmo o sonho do infinito,

Quanto a lembrar-me de você.


E questiono-me sem parar:

Qual a distância entre nós há?

E se todo o universo conspirar-se,

Que quero bem mais que apenas,

Fazer-te descansar em meus próprios braços?


O tempo todo, o dia inteiro,

Parece que ouço-te dizer,

Que amas-me, e com sorte,

irás para sempre me receber.


Recordando-me nas madrugadas,

Emergindo-se nas profundezas do oculto!

Somente para sorrir e mais nada,

Num coração que se consola, e se conserva.


Mas é tudo um absurdo,

Ou inadmissível que isso aconteça!

Como algo que de fato,

Não justifica a sua inexplicável beleza,


Ser veemente, enquanto eu existo,

E se eu existo é porque estou aqui!

Onde minha retórica nunca muda,

Para que no fim, eu morra sozinho.


Comments


© 2022-2023 por Ricardo Oliveira. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook ícone social
  • Instagram ícone social
  • YouTube
  • Recanto das Letras
  • TV Folhetim
  • SoundCloud ícone social
  • Pensador
bottom of page