Capítulo 87: DESADORMECER DA ESCURIDÃO
DESPERTAR DE UM VAMPIRO
Após seu corpo ter manifestado tal explosão, de dentro para fora, Kiara cai ao chão. Desesperado, Dante corre para acudi-la. Ele agacha-se, a puxa para si, levanta a cabeça de sua vampira romântica, e bate com sua mão contra o rosto, levemente, tentando fazê-la acordar.
-Pelo amor do bom Deus!-Expressou. -Acorde minha princesa. Anda!-Estava com o coração saltando para fora do peito, e sua respiração era ofegante.-Não me deixe só. Não agora, Kiara!-Lacrimejava, com medo de que ela tivesse morrido.
De repente, ela dá uma tossida, e os olhos se abrem. Sua boca e nariz sangravam.
-Meu escritor! Meu Poeta!-Sorriu de canto da boca.
-Que bom que estás viva!-Jubilou-se ao vê-la respirando.
Devagar, ele a ajudou a levantar. Ao estarem de pé, se entreolharam.
-E aí?-Questionou, querendo saber se ela ainda era uma vampira ou se tornara humana.
-Não sei. Não tenho certeza.-Estava confusa.
-E como teremos essa certeza?-Olhou-a de canto dos olhos.
Balançando a cabeça, ela lhe disse:
-Corte a minha mão. Se eu sangrar, é pelo fato de que sou humana.-Deu a ideia.
-Normalmente você sangra pela boca e pelo nariz?-Perguntou, apontando o dedo indicador na direção do plasma.
-Não. Por que? Eu estou?-Pasmou-se com o que Dante lhe indaga.
-Sim, você está!-Respondeu.
A reversão havia sido perfeita. Kiara era humana novamente. Nisso, Dom Vincenzo desperta-se de seu sono eterno, e desaparece. Quando voltaram seus olhos para o altar, se depararam com ele desguarnecido.
-Onde ele foi?-Disse a vampiresca, olhando para todos os cantos da Igreja.
Dante não poderia imaginar, mas o temível das criaturas noturnas, surge atrás de Kiara, e a toma. Horripilado, sem palavras, o poeta tenta tirar sua amada de seu algoz. Inutilmente, pois desvaneceram. Entretanto, Dante conseguiu ir junto.
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