Kiara: A Princesa da Noite - Capítulo 48
- Ricardo Oliveira
- 30 de ago. de 2022
- 2 min de leitura

Capítulo 48: SENTIDOS TRAÍDOS

HOTEL CIDADE DE TRENTO, 10:10
Safira pôs as malas no chão, perto da porta, para que a abrisse. Quando conseguiu fazer isso, segurou as bagagens, e empurrou a abertura de acesso com os quadris, e adentrou o espaço. Estava cansada, irritadiça, triste, de uma jeito que nenhuma mulher gostaria de ter, ou de estar passando. Nem quis saber em desfazer os seus pertences, e fora até a janela, escancarou as cortinas, e olhou para as pessoas na rua, observando-as.
-Isso não vai ficar assim.-Estava com a boca seca.-Ninguém irá fazer-me desistir de casar com Dante.-Voltou o seu olhar para o chão do quarto.-Essa mulher não perde por esperar!-Exclamou, quase que surtando.
Ela poderia ser carinhosa, mas também era tinhosa, e Kiara teria que enfrentar a fúria de uma modelo que não estava ali para brincadeiras. Logicamente que, Safira não tem a menor noção do poder de uma vampira, nem que eles são reais.
-Preciso ter uma boa estratégia elaborada, a fim de que eu possa separar aqueles dois.-Disse, saindo da janela e, se jogando numa cama macia e cheirosa.-O que é que eu posso fazer?-Percebeu uma lágrima brotar em seus globos oculares.
Contudo, a sua raiva era tanta que, surgiu em suas faculdades mentais, uma ideia que seria a única coisa válida, em meio ao seu sofrimento. Ela ainda o amava, e perdê-lo, não era, definitivamente, o que seus sentimentos diziam, e seus sentidos queriam.
-E se eu passasse a ser a outra, hein?-Nesse instante, ela não lacrimejava, mas sua perversidade, a fazia sorrir demasiadamente.
A inimiga número um da extraordinária cantora decretava guerra. Solavanco-se do leito, e despiu-se de tudo o que era, assim como de suas vestes. Andou até o banheiro, e ligou o chuveiro. A água caindo na sua pele, em seu couro cabeludo, em seu rosto manchado pela sensação de ter sido traída, somente a instigou a estar decidida em pôr em prática o seu plano vingativo, e ter para si, novamente, mesmo que ele não mais a amasse, o poeta das palavras gentis, Dante.
ATÉ ONDE VAI ESSA MALDADE DE SAFIRA?
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