ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA
Capítulo 44: CULPA E DEFINIÇÃO
E ELES SURGEM…
Não demorou muito para que Liam surgisse na sala, e na sequência, Isla. Colin para de estar abraçado a progênita, e vê os dois se aproximando. Ele a vira, que os vê, e assusta-se.
-Por que o susto, Ella?-Inquiriu Isla.
-Oi Ella?-Disse ao tentar beijá-la.
Ella se afasta, dando um passo para trás.
-Ella veio dar-me uma excelente notícia!-Falou ao bater as palmas das mãos, uma contra a outra.
-Que coisa maravilhosa é essa? Será que devemos, então, comemorar?-Perguntou Isla, cinicamente.
-Deve ser o que eu estou a pensar?-Indagou, já adivinhando o que poderia ser.
A moça dos Pictos, parecia uma cera, sem cor, sem sangue algum.
-Diga a eles, minha filha!-Sorria intensamente.
-Aceito casar-me contigo…Liam!-Confessou sem cerimônia.
-E o padre?-Queria ter certeza de que o sacerdote não iria atrapalhar.
-Se foi!-Soltou o verbo, Colin.
-Temos que comemo..-Foi interrompido.
-Não quero festejar, absolutamente nada, Liam!-Continuava pálida.-Só comecem os preparativos… o quanto antes. Mas vou avisando você…-Apontou os dedos para cada um que estava com ela.-Não haverá relação sexual, e quero que sejamos como um estranho…e nada mais!-Disse diretamente a Liam.
Liam olhou para Colin e para Isla, então voltou-se para Ella, dizendo:
-Tudo bem! Posso aguentar este “fogo do meu Inferno”, se eu puder ter-te ao meu lado.-Deu seu aceite.
Ella retirou-se sem mais nada dizer. Fora para os jardins, verter suas lágrimas, enquanto Liam ficou para dialogar com Colin, e Isla foi até a cozinha, beber uma água, e pensar no casamento celta.
ANTES DE TOMAR AS CONFISSÕES.
Antes de tomar as confissões dos fiéis, Williams e Nikolai sentaram-se no banco da basílica, e tiveram um pequeno colóquio.
-Como estão as coisas na OCE?-Estava interessado em saber.
-Sou um dos membros, mas…-Mexeu com os ombros.-Eu quase não participo das reuniões e de outras questões relacionadas.-Deu a sua resposta.
-Ela é uma sacerdotisa celta, do povo chamado Pictos, não é?-Tinha ciência.
-Uma parte da minha vida…-Esfregava as mãos.-Que torna-me impuro, e por isso eu devo me purificar.-Falava sobre sua flagelação.
-Prática o autoflagelo como caminho para a retornar a verdade?-Deduziu.
-Sim, reverendíssimo Senhor!-Não ousava olhar nos olhos.-Eu a pratico!-Assumiu.
O Arcebispo via esse ato como uma maneira não muito sã, de quem sente culpa, e vergonha diante de Cristo Jesus.
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