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Ella: A Sacerdotisa - Capítulo 32

ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA

 

Capítulo 32: JULGAMENTO PELA JUSTIÇA


CASTELO DE EDIMBURGO - 07:35


Os sacerdotes são recepcionados pelo secretário, o Bispo Ferreira. Todos os outros já estavam esperando-os na sala central. O clima não parecia muito amigável.


-Humm!-Expressou o padre Williams.-Nada de cortesia, ou cumprimentos humanos, não é mesmo, Bispo?-Usou da ironia para brincar, pois sabia das consequências que teriam que lidar no momento.

-A situação não está nada fácil para vocẽ, padre!-Disse, ao ir à frente, guiando-os.


Chegando ao aposento, ambos viram que a mesa estava repleta de membros da Ordem Celibatária Escocesa. Eles os olhavam tortos, e apreensivos.


-Queiram vir a se sentar-se, sacerdotes!-Apontou para dois lugares vagos, após se levantar.


Eles assentaram-se. À esquerda de Williams, estava o Bispo da cidade de Lanark, Hian Henderson.


-Nossos colegas, nas Terras Altas, enfim, compareceram à convocação.-Exprimiu, ao voltar a sentar-se. E a situação é ameaçadora à igreja e a Ordem!.-Expôs Ross.

-Começaremos com uma oração inicial, para que Deus conduza esta reunião, antes deste Tribunal Superior assumir este “julgamento Sacerdotal”.-Disse o Bispo Ferreira, ao se colocar de pé.


Todos os setes soergueram-se, juntamente com Williams e Walace.


-Ó Senhor, que foste crucificado sem ter culpa, e injustamente foste flagelado e morto…que oriente-nos neste grande conselho, e nos traga a verdade, a justiça, a paz e a iluminação. Amém.-Oraram todos os presentes.


Após virem a acomodar-se nas cadeiras confortáveis, o diretor do TRISAS, Cam Macleod, tomou a palavra.


-Este Tribunal Superior de Assuntos Sagrados, por meio de seus sete filiados das cidades da Escócia…Edimburgo, Glasgow, Perth, Dundee, Stirling, Inverness, e Aberdeen, tendo o mensageiro por observador, vindo reportar tudo o que acontece com nossos clérigos, e diante da conversa com o presidente da Confraria Episcopal da Itália, em Turim, o Arcebispo Carlo De Luca, o réu, padre Williams fora acusado de violação dos “mistérios sagrados”, ao se apaixonar e deitar-se com a sacerdotisa celta. E cabendo a nós, aplicar o “Liber Actio Sacerdotalis”, em seu versículo 158, dos “Votos Ministeriais”.-Deu uma pausa. Logo, continuou.-Sua conduta fere os desígnios de nosso Deus, em sua Trindade, a comunidade cristã que abraçamos, e principalmente…-Tomou um gole de sua água gelada.-Esta instituição. Diga-nos, padre Williams…Qual seriam os reais sentimentos para com uma mulher?-Fez a “indagação acusatória”.


Engolindo a seco, e tomado de uma imensa coragem, não tendo mais dúvidas, rondando o coração, o presbítero afirmou:


-Tenho plena consciência de meus votos, de minha missão, e de meu pecado. Entretanto, não mentirei, ou fingirei que não dormir com ela, nem que não estamos nos amando, de maneira que eu renego…-Calou-se.


O silêncio possuía um ar sombrio, como se os filhos do anjo caído estivessem ali.


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