ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA
Capítulo 24: A MAÇÃ DA SERPENTE
E TUDO FORA TÃO DOCE!
Já passavam das 22 horas, e tudo fora tão doce, que nas suas bocas, pareciam terem se lambuzado de mel, e os corpos, estavam tão insatisfeitos, que ansiavam por uma continuação sublime, do ato de pegar da árvore do jardim do Édem, aquela maçã, cuja serpente os tentaram, e eles a comeram.
-Não poderíamos, minha menina, termos cedido a esta ação vulgar!-Estava com um dos braços atrás da cabeça, e o outro envolvendo Ella.-Volúpias são como uma fragilidade, totalmente humana.-Refazia-se do sexo relializado.
-Só que não podemos rejeitar os que sentimos. E pecado por pecado, que diferença faz, se o demônio está aguardando-me em seu mundo?-Sua cabeça encontrava-se deitada no peito de Williams, e uma de suas mãos, tocava-lhe de modo devagar, o abdômen definido.
-Se há uma punição para isto, então, já estou fadado a sua aceitabilidade.-Pensava em como seria sua vida sem a batina.-Só não quero ter a ausência de ti!-Afirmou estar apaixonado.
Uma lembrança despontava na mente dos dois. Os “mistérios sagrados violados”, no caso do padre, e da “posteridade celta e, na mãe”, para Ella.
-É, e sempre pagamos por tudo! Contudo, quem paga para nos ver bem?-Vinha a sentir o perfume que o seu homem sacerdotal trazia na epiderme.
-Pago para curar o meu corpo…pago para curar a sanidade, mas quem paga para restabelecer o espírito?-Questionou-se, de maneira enigmática.
-Eu não entendo?-Inquiriu-o, sem tirar a cabeça de seu tórax.
-E nem é bom compreenderes!-Afirmou com exatidão.
-Você se arrependeria de me amar?-Tinha dúvidas.
-Creio que deva ser hora, de desvelar o véu que me cobre!-Abaixou os olhos para ver Ella.-Eu nunca me arrependeria de te amar!-Deu a moça a sua confirmação.
-Estou morrendo de calor, Williams!-Estava com sua estrutura ardendo.
O clérigo levantou-se ligeiro, sem roupa, pegou o controle do ar, e ligou-o. Depois, retornou ao leito, regressando à mesma postura de antes.
-Amanhã, tenho que ir!-Comunicou, sem dizer para onde.
Ella assustou-se, e soergueu a cabeça, fitando-ao.
-Para onde? Como eu fico?-”E se Liam violentar-me”?-Pensou.
-Eu e o padre Walace, fomos convocados para juntarmos a Ordem Celibatária Escocesa, em Edimburgo. Partirei cedo!-Respondeu, triste.
-Será que eles sabem de nós?-Questionou, aflita.
-Se caso, os “mistérios santos”, forem isso, então, não sei o que poderá suceder comigo.-Referia-se ao sacerdócio.
-Meu pai não pode saber de nenhum dos dois.-Falava do estupro e da noite que passara com o padre.-Veio a encolher-se inteira.
-Quiera Dios mi pecado perdonar.-Proferiu baixinho, somente para si.
O presbítero, não demonstrava medo, mas estava. Por ele, e por ela. Após o término da missa, e da festa, Isla entra em seu dormitório, e sorri para Liam. Desesperado, Colin, procurava a filha pela cidadela, e em toda a propriedade.
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