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ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA
Capítulo 37: A MÍSTICA DO GRAAL
QUE TIPO DE CÁLICE?
Perante o exposto, Ella quis saber mais a respeito do tal cálice e, o porquê do interesse do Rei Charles III e querer obtê-la. Isso, pelo fato dela achar tudo muito estranho demais.
-Perdoe-me majestades!-Disse ao ficar de pé.-O que tem de especial neste cálice e qual o interesse em tê-la?-Cruzou os braços, pondo o pé a frente do outro.
Charles III olhou para a esposa, que por sua vez, também fixou seu olhar nos do marido, e depois, voltaram-se para a sacerdotisa.
-Não podes contar isso para ninguém, Ella!-Pediu a Rainha.
-Acredito ser o Santo Graal!-Desabafou, sentando na cama.
-O que?-Pasmou-se ao ouvir.-O cálice lendário, que foi usado por Cristo na última ceia, e supostamente por José de Arimateia, recolhendo nele o sangue precioso de Jesus no momento de sua crucificação, e logo, guardado pelo mesmo!-Tinha noção da história.
Eles ficaram chocados.
-Parece que estais bem por dentro da origem da taça!-Exprimiu a Rainha Camila, surpresa.
-Sim, eu sou uma celta, mas conheço as histórias!-Respondeu com exatidão.-Minha mãe contava essa e outras de nosso povo, quando eu não conseguia dormir, principalmente em dias chuvosos.
-Eu gosto muito de ter coleções raras, e essa em especial,-Mexeu com a cabeça um pouco para a esquerda,-E pelo menos, é o que dizem..ele pode dar novo sabor aos alimentos, vida, e também vigor aos homens.-Explicou o Rei para sua feiticeira de confiança.
Ella simplesmente via tudo isso como uma loucura, mas, era o imperador que pedia, e ela tinha admiração pelo casal real, assim como gratidão, então, não questionou.
-O Santo Graal, como foi conclamado, existe, pelo que me consta, muito antes do Cristianismo. Sua existência já se encontrava entre o povo celta-Fez a referência aos célticos.
-É verdade, minha menina!-Concordou.-Do século XII, esta lenda surgiu, e fora popularizada na idade média, na Europa.-Completou Camila.
-Mas acabou sendo reivindicado para si, por algumas das igrejas da Europa, atualmente. Mas não há hipótese adequada, de uma comprovação, que seja satisfatória, dessa veracidade.-Terminou a conversa, indo à porta.
O Rei Charles III abriu o acesso do quarto. Quando estava já para fora, Ella lhe disse:
-Viajo esta noite mesmo! E espero trazer o retorno esperado.-Fez sinal de positivo com o polegar, voltado para cima.
Inesperadamente, ao ver a abertura se fechar, diante de sua pessoa, a sacerdotisa vira-se para a esquerda, e depara-se com o seu néctar: o padre Williams.
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