ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA
Capítulo 34: NINGUÉM VAI ME SEPARAR!
CONVERSA COM O PAI
Ela desceu, e fora para a sala de estar. Apenas o seu pai encontrava-se à mesa, tomando café. O Rei Charles III e a Rainha Camila, já haviam feito a refeição, e saíram para dar uma volta na comunidade. Ella sentou-se calada.
-Dormiu bem?-Colocava um pedaço de torta escocesa à boca.
A torta é servida quente ou fria, de dupla crosta de carne picada.
-Se tentar é o mesmo que dormir!-Disse, assentando-se para o café.
-Ontem…onde esteve? E o que aconteceu na noite das festividades?-Direcionava o olhar a filha.
-O que esperava, trazendo Liam para cá?-Contrapôs o próprio genitor.
-Não sei do que falas?-Tentou desviar-se do assunto.
-Não diga-me que trazer Liam, é uma forma rude de fazer-me contrair o malditio matrimônio, somente pelo cultivo da descendência?-Fora incisiva.
-Não é novidade alguma, que o que realmente somos, temos que manter, minha querida!-Jogou na cara, tal verdade.
Ambos tomaram um gole de café escoces, que consiste em 50ml de whisky The Famous Grouse, 100ml de café espresso quente, 1 colher de açúcar mascavo, creme de leite fresco, batido numa coqueteleira.
-Naquela noite, fui estuprada por Liam, pai!-Fora grosseira.-É com este homem que queres que eu me relacione, mesmo sem amar?-Fitou os olhos de seu pai com tamanha voracidade.
Colin veio a engasgar-se com o café, e perdeu o apetite, enojado com o que ouvira de Ella.
-Não pode ser? O que está me contando?-Não acreditava.
-Se o padre, que tanto não queres que eu ame…pois eu…pelos deuses, como o amo, e não estou disposta a separar-me dele, mesmo que isso seja a perda de minha identidade, se ele não tivesse chegado, o ato seria muito…muito pior.-Jogou o guardanapo de pano sobre a mesa, e levantou-se.
-Vou ter uma conversa com ele. Isso não vai ficar assim!-Deu a sua afirmação.
Colin deixou a mesa, e deu as costas a Ella. Entretanto, a mulher o fez parar.
-É impossível acreditar que não saibas, que Isla está trabalhando com Liam. Peguei ele saindo sem ser notado do quarto dela, e ontem,-abaixou a cabeça, depois voltou a erguê-la.-Tive a comprovação de sua nojenta traição.-Pôs sua mão na boca, e na sequência, a colocou na cintura.-Como você!-Acusou-o de armar o plano.
-Acha que tive escolha?-Inquiriu-a, sem olhar para trás.
-Quer saber?-Aprontou-se para jogar a toalha quente em seu gerador.-Transei com o padre…e transaria outra vez, como nunca, ao ponto de ser somente dele…para sempre!-Explodiu de raiva.
Ouvindo isto, o celta sentiu-se apunhalado, com uma antiga e valiosa adaga. E saiu do recinto, decidido a acabar com o eclesiástico.
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