ESCRITO POR RICARDO OLIVEIRA
Capítulo 22: NOITE SUSPICAZ
NOITE DE GALA, NOITE ESTRANHA
Isla faz o repasse da informação para Colin, Padre Walace e ao Rei da Escócia. Tudo acertado como deveria, a cerimônia iria prosseguir de maneira como fora planejado. Liam, a essa altura, ainda, estava tão fora de si, que resolveu sair de “fininho”, e ir devagar até o quarto de Isla. Enquanto isso, Williams, estava com Ella.
-Sei que o que passou, vai deixar uma profunda e complexa marca!-Sentiu uma chama o consumir por inteiro.
-Eu não estou muito afim de falar a respeito, Williams!-Disse-lhe, tentando se erguer do tapete avermelhado.
-Calma!-Fora correndo ajudá-la.
Seus corpos ficaram tão rentes, que os segredos ocultos de cada um, foi aos poucos vindo a se manifestar em suas lembranças.
-Temos que sair daqui, o quanto antes!-Começou a sentir nojo de si própria.
-Você sabe de alguma forma de sairmos, sem ao menos sermos vistos?-Indagou-a ao estar segurando-a com precisão.
-Sei sim!-Seus lábios, já não tinham mais cor.-Atrás da coluna, onde a cruz com Cristo está, tem uma porta, que fora construída. Um túnel que nos levará para os fundos deste castelo, onde nos deparamos com um portão enorme, trancado com um cadeado.-Revelou a sacerdotisa.
-E como iremos cerrar-las?-Quis saber.
-As chaves estão numa caixa, que fica debaixo do altar.-Proferiu baixinho.
-Estás bem para andar?-Ele via que Ella não estava se aguentando de pé.
-Posso tentar, padre!-Sua face estava deveras pálida.
De imediato, ele a pegou no colo, e assim, subiram três degraus até a mesa, e com cuidado, a pôs deitada no chão. Ella, esticou a mão direita, agarrou o estojo, abriu-a, e retirou a chave, que era de ouro. Seguidamente, com a feiticeira novamente em seus braços, vieram a se aproximar da abertura da passagem, e de posse da chaveta, a bela jovem destrancou o acesso, e eles passaram por ela.
DANÇA CIRCULAR
Isla dançava a dança circular, onde as pessoas eram expostas em círculos, e cada participante ia ofertando num cálice de prata, as sementes de seus frutos, colhidos na colheita, e iam sendo oferecidas ao deus Sucellus, no intuito de terem um ano próspero, também, como suas intenções e energia na roda, demonstrando a busca pela unidade.
NA MORADIA DO PADRE
Ambos conseguiram abandonar a fortaleza, pulando o portão, de alguma maneira. Andando vagarosamente, eles foram até a casa paroquial. Os braços do sacerdote estavam exaustos, mas ele conseguiu entrar, e pôr no sofá, a descendente. Trancou todas as aberturas abertas, e fechou as cortinas existentes. Voltou-se a Ella.
-No banheiro tem toalhas, e vou trazer-lhe uma de minhas camisetas sociais, está bem?-Esperava que, realmente, a moça ficasse confortável ali.
Cansada, Ella somente concordou, acenando com a cabeça.
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