RICARDO OLIVEIRA - 04/06/2023.
Muito além do infinito,
Eu busco-te em seus olhos,
Tudo aquilo que é-me preciso,
Como os segredos teus bem guardados.
Não existem coincidências incomuns,
Que fazem do teu ser não dizer,
Que és um enigma encoberto e eu,
Aquele que quer tanto te ter.
E quando nossos cosmos se descobrirem,
Iram se misturar ao que são e,
Nesse instante, contemplar-te-ei no tempo,
E vislumbrar-me-às fora de qualquer escuridão.
Não quero enunciar um questionamento,
Que possa de tão capcioso, dar outra conotação,
Mas é o teu nome rabiscado em meu pensamento,
A qual libertar-me-á das madrugadas infames,
Quando estou banhado de uma longa solidão?
Não há o que responder,
Nem ao menos vir a entender,
Que vivo acorrentado em você,
Pela agenda disfarçada de verdades,
Do qual eu leio antes de partir…
Partir para as minhas lembranças,
Mal-resolvidas e de esperanças,
Mal-acabadas nas atuais conjunturas,
A qual meu peito não desiste, e não se desfaz.
Será que sem sono te levantas,
Somente num brecha hipotética,
Onde vens a recordar-te de mim,
Quando a muito aspiro em sentir teu corpo,
Mesmo que seja fictício nos meus momentos,
Em que a catarse se manifesta de maneira absoluta,
Não julgando-me por envolver-me, na mais plena negação?
Poema n.2.970/ n.39 de 2023.
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