Ricardo Oliveira - 23/03/2023.
E neste instante de mistério.
Que a verdade escondida,
Não se desvela como de fato,
O teu sorriso, ele me obriga,
A não recusar-te, nem que eu venha,
De joelhos, a pedir por um pouco de quietude,
A Deus, que infinitamente me conceda.
Teu jeito é como o espelho a qual me vejo,
E vendo-me, entro constantemente em meus segredos,
Quando minha alma está naquela hora,
Desejando mil maneiras de receber teus beijos,
Com o sabor que teus lábios me sentem.
Sentem todos os movimentos,
Cujo corpo é-te como meus versos,
Vivente num tempo longínquo,
Onde eu tento ser no mínimo,
Aquele eterno passado coerente.
Então, sois claro como o céu no despertar,
Provocando sem saber, onde tudo irá dar,
Este anjo a sua porta a te guardar,
Muito antes do seu trem vir a chegar.
E assim, dar um brado forte,
De quem quer vir a existir,
Mesmo que seja por uma noite apenas,
Contigo, pra sempre, também coexistir.
E levar-me a mente até você,
Enquanto estou num vago plácido,
Num cimo a entender-me nisso tudo,
Tendo outeiro como minha transmutação,
Quando irrompendo-me, tu não disfarças,
Mas ao contrário disso, levas-me a perdição!
Não sou um sacerdote para te confessares,
Entretanto, só tenho para comigo os verbetes,
E com os poemas tão inocentes,
Se acaso quiseres um certo canto,
Tocar-te é o mesmo que dizer-te: “SHALOM”.
Poema n.2.944/ n.13 de 2023.
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